segunda-feira, 20 de abril de 2009

"Será que dá pra vestir a camisa da empresa?"

O jornalista e professor Wilson da Costa Bueno escreveu um artigo sobre comunicação interna e gestão de pessoas, fazendo crítica às atuais organizações brasileiras.

Ele discorre sobre alguns pontos importantes a respeito da cultura organizacional. Ele evidencia duas características: chantagem da demissão e a demonização da radio-peão. A primeira mostra a cultura arcaica da mais valia vigente mesmo em plena crise do neoliberalismo e a segunda a falta de disposição para ouvir a verdade e resolver os problemas.

Pesquisas, prêmios, selos e nomeações da 'melhor empresa para se trabalhar' também são pontos fortes do artigo, que segundo Bueno são forjadas, falsas e frutos de jornalistas mercenários e preguiçosos.

"Na verdade, quem não anda vestindo a camisa das organizações são as chefias e diretores que vestem a própria camisa, buscam sua promoção pessoal e descuidam dos relacionamentos com os públicos internos.", diz Wilson.

Na verdade não existem condições para que os funcionários vistam a camisa da empresa, alguns até se esforçam e sentem orgulho de onde trabalham, mas simplesmente não recebem nenhuma dedicação de volta, eles precisam fazer parte ativa das decisões, ter informações corretas de como a empresa anda, ter o seu reconhecido e valorizado.

Uma comunicação interna que somente valoriza e engrandece empresa assim como exuberantes festas de fim de ano não promovem a integração dos funcionários com a alta administração, e muitas vezes nem entre eles (resultado de uma comunicação falha entre departamentos). Esse tipo de ação da empresa pode fazer o feitiço virar contra o feiticeiro, os funcionários não se importam com o que esta escrito, não se interessam pelo que a empresa desenvolve, não conhecem o local de trabalho, julgam pela festa que os lucros são altos e poderiam ganhar melhor cirando antipatia pela chefia e outros setores.

A comunicação interna deve ter o objetivo de integração assim como a gestão dos funcionários deve visar maior participação para que daí surja o orgulho de se trabalhar em determinada organização, não forçar o orgulho para depois criar condições adequadas para que ele permaneça.

O artigo completo você encontra no link: http://www.comunicacaoempresarial.com.br/comunicacaoempresarial/artigos/comunicacao_interna/artigo4.php




Até mais, Natasha Dimitrova

Nenhum comentário:

Postar um comentário